quinta-feira, 10 de abril de 2014

Vagos Open Air VOA 2014 - novas confirmações



BEHEMOTH e THE QUARTET OF WHOA! são as mais recentes confirmações para a VI Edição do Vagos Open Air, apimentando assim o cartaz do evento que decorre nos dias 8 e 9 de Agosto, na Quinta do Ega, em Vagos. O potente híbrido de death e black metal protagonizado pelos polacos liderados pelo combativo Nergal e o retro rock explosivo que muitíssimos elogios tem valido aos portugueses desde a edição de «Ultrabomb», em 2012, vem adicionar ainda mais cor e variedade a um cartaz que, durante os últimos meses, foi ganhando forma e reúne, lado a lado, alguns dos nomes mais aplaudidos da música extrema atual e também uma seleção de revelações e novas promessas, num resumo muito equilibrado da diversidade que caracteriza o som pesado no Séc. XXI. Com o trio formado pelos Kreator, Annihilator e Angelus Apatrida a garantir thrash de qualidade superior, os Opeth e os Sylosis a servirem extremismo progressivo, os The Haunted, Soilwork e Gates Of Hell a representarem o peso mais musculado e moderno, os Epica e os Kandia a carregarem a bandeira do female-fronted metal e os Requiem Laus e Murk a darem provas de que o underground luso mais old school continua a dar cartas, o VAGOS OPEN AIR apresenta razões mais que suficientes para agradar a qualquer apreciador de metal nas suas mais variadas ramificações. MAIS NOVIDADES, MUITO EM BREVE!



   


 Vinte e três anos e dez álbuns depois de terem sido criados por Nergal, os BEHEMOTH continuam a ser uma das bandas mais respeitadas e influentes da sua geração. «The Satanist», o mais recente registo de estúdio do grupo polaco, é o exemplo perfeito disso mesmo – verdadeira declaração de intenções, de compromisso, de determinação e, sobretudo, da capacidade de escrever algum do death/black metal mais poderoso alguma vez gravado. Registado na sequência de uma batalha do estratega do projeto com a leucemia que lhe foi diagnosticada em Agosto de 2010, este é o disco da ressurreição; um conjunto de canções em que, em vez de se vergar a entidades divinas, a banda opta por mergulhar de cabeça em 45 minutos de arte bem obscura, desta vez mais black que death metal, mas que tanto se pode munir da sumptuosidade de guitarras que vão buscar influência às raízes blues do heavy metal como à violência do tremolo picking e dos blastbeats infernais que se tornaram populares durante os anos 90. Um exemplo de luta contra todas as adversidades, «The Satanist» prova de nada os pode parar – nem mesmo uma doença mortal. É, de resto, de perseverança, resiliência e de uma força de vontade do tamanho do mundo que se tem feito uma carreira que, por esta altura, já ultrapassou a marca das duas décadas. Criados numa altura em que a Polónia ainda não tinha qualquer tradição no que toca ao black metal ou à música extrema, os BEHEMOTH destacaram-se desde cedo dos seus pares, mas ainda tiveram de gravar três maquetas e cinco álbuns, fazer uma tour europeia e assinar com uma editora italiana antes de lançarem os dois petardos, «Satanica» e «Thelema 6», que lhes permitiram furar para fora do underground. No entanto, a partir do momento em que lançaram «Zoa Kia Cultus (Here And Beyond)», em 2002, não mais pararam de crescer, desenvolvendo um conceito visual mais elaborado e tornando, progressiva e paulatinamente, a sua música mais coesa, musculada, cirúrgica. Já na viragem do milénio transformaram-se numa verdadeira máquina de guerra que, apoiada em discos demolidores como «Demigod», «The Apostasy» e «Evangelion», conquistaram o mundo de lés a lés, recolhendo aplausos unânimes que não encontram grandes precedentes na tendência de que saíram.



   


 Desde que lançaram o seu álbum de estreia, intitulado «Ultrabomb», em Novembro de 2012, os THE QUARTET Of WHOA! transformaram-se rapidamente numa das mais excitantes e refrescantes surpresas de que há memória na música portuguesa dos últimos anos. O guitarrista Gonçalo Katowicz, o teclista Rui Guerra, o baixista André Gonçalves e o baterista Miguel Costa são quatro exímios instrumentistas que fizeram nome e ganharam calo em projetos como Blasted Mechanism, Zorg, Phillarmonic Weed ou LunaSeaSane, juntando-se depois em 2010 numa banda que vai beber diretamente à herança do rock psicadélico e progressivo dos anos 70 à qual juntam doses generosas de stoner e desert rock que, na prática, dão origem a um som explosivo e fulgurante, bem patente em temas como «Master Lever Had A Dream», «Prodigal Son» ou «The Path Of Our Commitment». Alicerçados numa forte secção rítmica, em excelentes riffs de guitarra, em fraseados de sintetizadores vintage e fantásticas linhas e harmonias vocais – com a particularidade do quarteto partilhar entre si as vocalizações – as melodias e os riffs vão fluindo de uma forma muito natural, com a energia a soltar-se desenfreadamente dos instrumentos e as canções, bem pensadas e construídas de uma forma exemplar, a revelarem-se experiências sonoras fascinantes. Elogiado de forma unânime pela imprensa especializada a nível nacional e internacional, o disco de estreia permitiu ao coletivo lisboeta passar os dois últimos anos na estrada, tocando de norte a sul do país de forma regular, dos pequenos bares aos grandes festivais. 

 Os bilhetes custam 32,00 euros (diário) e 52,00 euros (passe dois dias) à venda nos locais habituais. Pack especial passe + t-shirt oficial do festival já à venda.

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